28/08/07

Ao pôr em ordem umas papeladas para a GDA, vi-me inadvertidamente a fazer um pequena celebração pessoal do décimo aniversário da edição do Cão! A juntar ao que já estava no programa: acabar o curso nas Belas-Artes e vender o material de música que não uso desde o fim dos Ornatos (os interessados podem contactar-me para o endereço do blogue; originalmente este programa era apenas para comemorar o primeiro aniversário de Todos os dias fossem…), tenho ouvido o disco quase todos os dias, coisa que já não fazia vai para dez anos, e que agora faço com a mesma nostalgia que me subjuga quando me ponho à procura nos móveis da minha mãe dos envelopes que guardam fotografias antigas.
Do mesmo modo que poses, roupas, cabelos, lugares e familiares, nas fotos de infância, me ajudam a reconstruir as memórias de quem era então, também ouvir o Cão!, com as suas fragilidades, a sua ingenuidade, e, sobretudo, a força que emana por delas não ter noção, me leva ao reencontro, por inteiro, com medos e anseios de há dez anos atrás.